quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O amor não é matemática, não foi feito pra ser entendido, explicado, quantificado... O amor foi feito pra se sentir e ponto. Todos sabem disso, mas vai dizer que você nunca ouviu esses comentários: "Ela é tão linda pra ele!" , " Eles não combinam, ela é alta e ele baixinho", " Não acredito que ele vai casar com ela, ela é tão rodada" ... entre outros. Agora me digam e daí que um é negro e o outro branco, um rico e o outro pobre, os 2 homens, os 2 mulheres...?! o amor não é mesmo chegado a perfeições... ele não escolhe, não faz cálculos, chega, invade e fica. Não sabe o que ele tem pra ela amá-lo tanto?! Não sabe porque ele sempre volta pra ela?! Vou te dizer: Ela é mesmo uma princesa e ele anda longe de ser um príncipe, mas ele tem um jeito de bota-lá no colo que faz ela se sentir mais acolhida do que quando era criança. Tudo bem que ela fala alto e é desajeitada, mas ela traz toda a paz e serenidade que ele sempre buscou na vida.
Estou cansada de te amar. Estou cansada da tua indiferença. Estou cansada dos teus olhares tristes e profundos que me desnudam a alma. Estou cansada do teu olhar de animal ferido quando afinal quem fere és tu.

Estou tão cansada de persistir na luta do que já é defunto. Mas por outro lado canso-me de te ver olhar como quem quer. Canso-me de te ver passar ao longe quando o que quero é ter-te aqui comigo, ao pé de mim.

Estou cansada de te querer tanto, de não conseguir desligar a ficha e partir para outra. Cansada de mim e do meu espírito de luta, da minha entrega, do meu querer. Cansada de olhar para ti, de esperar que me chames, de te chamar e tu não vires, de me telefonáres de repente e sem aviso, mudando tudo de novo, pondo-me de pernas para o ar, de coração em sobressalto, de alma cansada de vida vazia.

Estou cansada de te amar e não conseguir esquecer, de quando penso que o consegui olho bem fundo nesses olhos castanhos e tudo começa de novo.

Mas sabes do que me canso mais? De não te entender...de não me deixares ir de vez, de deixares sempre uma ponta presa, um vestígio de querer, um olhar de desejo, um toque de possessão.

Ensina-me a esquecer-te e eu ensino-te a amar...pode ser?

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Não que ela estivesse triste, apenas não compreendia todos aqueles sentimentos e todas aquelas pessoas que a desejavam mal, ela nunca soube que mal havia feito, pagou todos os dias sem nunca saber porquê e sem nunca questionar se valia a pena. Talvez ela se sentisse esgotada, isso estava esgotada...cheia de amor, talento, loucura...mas cansada, e cansada do próprio cansaço, ou então da longa e torturante espera. E quem ouvia suas palavras decididas não notava seus olhos indecisos...e quem a julgava forte não imaginava o quanto ela se sentia fraca...e quem a imaginava fraca nunca soube que ela era fortaleza. É que ela tinha asas...e todos sabem o quanto é difícil prender o que nasce pra voar, mas ainda assim se fez prisioneira...prisioneira de si e dele...Dele quem?! Dele que é ela, dele que é dela, que é metade mesmo sendo inteiro. Naquele ponto acho que ela pensava em desistir, de quê?! Talvez dele, talvez dela, do mundo ou quem sabe até da vida.